Espero que vivas bastante.
Em várias ocasiões desejei seu passamento. Sua existência nefasta não faz a mínima diferença para este mundo, até porque não possuis um pingo de humanidade, e somente ages em prol do próximo quando pressionado,e para não perder a nesga de poder que conquistastes.
Suas falas, permeadas de uma mordacidade atroz, tem a pachorra de homenagear os que matam inocentes, mas não para se solidarizar com o meio milhão de falecidos por sua culpa, que sabota as medidas recomendadas, só comprou a prevenção eficaz quando outrem já a tinha (por pura inveja), e dispara ladainhas ao seu público, tão ensandecido como você.
Mais do que isto, orgulhas-te de ser um poço de misoginia, de racismo, de autoritarismo e homofobia. Justificas com religião, com a aversão ao “politicamente correto”. Mas não há jeito, é o que você é, em sua essência, e nada vai mudar seu agir nefasto. Pelo contrário, se pudesses, serias ainda pior.
Sois antidemocrático, mentes de forma contumaz, mas o que dizes é música para os ouvidos daqueles que te amam. Isso porque se enxergam em você. Sois fruto de uma sociedade mesquinha e vil, cheia de egoísmo e pouca solidariedade. Daí vieste, e a ela serves.
Por isso, pensei que deverias partir, mas mudei de ideia: acho que seria muito pouco. Ante a todo o sofrimento que causaste, espero que tenhas vida longa, porém pouco próspera. Que voltes para onde veio humilhado, atordoado, e que sua existência posterior seja relegada ao ostracismo.
Mais do que isso, espero que um dia cries algum tipo de protoconsciência. E que ela lhe pese, lhe seja tão sufocante quanto o momento a que nos relegaste com sua retórica vil. E que no momento de sua ida, daqui a muito tempo, estejas sozinho e solitário. E sintas um desespero incessante, uma dor excruciante que lhe enlouquecerá, que lhe nublará todos os sentidos e que, ao final, lhe trará toda a vergonha que nunca sentistes.
Até lá, descanse mal, tenha péssimos sonhos e aproveite, que sua derrocada chegará rapidamente.