
Inveja Branca…
Sem meias palavras: Inveja branca não existe. Isso porque inveja não algo físico e, portanto, não pode ter cor.
Sua definição é simples: Substantivo Feminino. Desgosto provocado pela felicidade ou prosperidade alheia. Desejo irrefreável de possuir ou gozar o que é de outrem.
Quando se fala em inveja “branca” quer-se suavizar sua conotação negativa, emprestar-lhe significado menos gravoso, o que não é possível, vez, que, inveja é inveja, assim como orgulho é orgulho, vontade é vontade.
Esse recurso de linguagem, utilizando cores, é bem comum no português brasileiro, e, evidentemente, vem de seu passado escravocrata e racista. Quando algo é ruim, é preto ou negro— “a situação está preta”, “isso vai denegrir sua imagem”. Quando é algo é bom, é branco: “a inveja branca”, “dia de branco”.
Urge deixarmos essas expressões de lado, e tratar as coisas como são. Se alguém lhe inveja, quer tomar, para si, algo de outrem, e não há nada de positivo nisso, pois é uma pessoa que não se felicita com o sucesso alheio.
Além disso, vamos deixar de lado o racismo estrutural que permeia nossa sociedade.
Que tal tentarmos?
Sugestão de leitura: Racismo estrutural nas línguas: o preconceito em expressões de uso corrente (cnnbrasil.com.br)