Melhor música de uma banda?

Música é algo que permeia nossas vidas, afinal, todo e qualquer utensílio que manuseamos pode soltar uma nota, um ritmo. Daí, contagiados, queremos mais, batucamos mais, corremos para ouvir.
Em minha casa sempre houve música, meus pais sempre foram pessoas rítmicas, e foi inevitável que eu me tornasse uma. Porém, não era muito fácil ouvir certa música pois ficávamos a mercê das rádios, ou tínhamos de comprar um “elepê”, uma fita cassete ou um “cedê”.
Era uma enorme alegria ganhar ou conseguir comprar aquele novo álbum de uma banda de sucesso, mesmo que isso representasse uma decepção (Adore, dos Smashing Pumpkins foi uma delas, mas contarei em outro momento).
E é curioso ver que como nos apegamos a certas canções em detrimento de outras (questão de gosto). Por exemplo, Black Sabbath com Ozzy Osbourne nos vocais, para muita gente, é sinônimo de “Paranoid”, certo? No entanto, acho que a música que melhor resume essa formação da banda é “Snowblind”. E por quê? Porque sim.
Em minha visão, nela, tudo está em seu devido lugar: Riff de guitarra pesado, o baixo pulsante, a bateria imprevisível (tente marcar as viradas de Bill Ward… Para mim, apenas outro baterista que passou pelo Sabbath é mestre nisso — Vinny Appice), e claro, o vocal de Ozzy, que se não é muito técnico, ao menos se encaixa com perfeição nessa música.
Mas claro, gosto é pessoal de cada um. Não estou querendo dizer que é, indubitavelmente, a melhor canção do Sabbath com Ozzy (meu pai, por exemplo, diria ser “Sabbath Bloody Sabbath”, e olha que no mesmo disco tem “Spiral Architect”). O é, mas para mim.
A questão é: certas nuances em uma canção fazem com que nos liguemos mais a ela do que a outras. Nos deixam mais dispostos a ouvi-la, a busca-la nos infinitos catálogos de streaming que temos hoje. Seria uma afinação diferente? A presença de uma nota fora de lugar? O som uniformizado de forma a acalentar nossos ouvidos?
Concluo: Não sei, mas tenho cá minhas preferências.