(Quase) Nada é sobre você, ao menos nas Redes Sociais.

Vez ou outra, ante a um acontecimento de grande vulto, as redes sociais convulsionam, sempre com opiniões, lamentos e/ou festejos de toda ordem, afinal, elas deram voz, e vez, a grande parte da população.
E essa voz, e vez, trazem uma característica inerente a nós, seres humanos, que muitas vezes, ficava relegada aos nossos círculos de amizades, ou a nossas casas: A necessidade de se comparar.
Sim, é natural que comparemos eventos externos aos que aconteceram conosco, seja por uma necessidade própria (uma mania, talvez), ou porque queremos demonstrar que sabemos o que é sentir aquela dor ou regozijo. Mas seria necessário trazer isso, ao invés de apenas se solidarizar ou se sentir feliz pelo próximo?
Tudo bem querer se sentir parte da turma, ao narrar suas próprias experiências, mas é prudente? É desejável? Não seria colocar o “Eu” antes do “Nós” em uma sociedade cada vez mais egoísta?
A pergunta fundamental: Por que não se solidarizar/festejar, puramente, o próximo, sem fazer o momento algo sobre si próprio? Talvez seja, mais uma vez, um bom começo.