São nossas raízes que nos salvam

Há uns dias estive em Belo Horizonte para comemorar o natal em família. Confesso que não estava muito afim de ir, mas, atendendo a um apelo de minha avó, que já conta com 93 anos, fui de peito aberto.

Logo que cheguei, fui à casa de meu pai, para encontrar a ele e sua esposa e também minha irmã. Dia 23/12 foi um deleite, e pude contá-lo para minha amada, enquanto não disfarçava um sorriso em meu rosto.
Porém, o dia 24/12 traria certas questões que tive de atender. Ver vovó foi um espetáculo. Porém ter de passar por uma ceia com um nazista confesso e um mini ditadorzinho não foi muito fácil. Mas prevalescemos.
Nada poderia me preparar, no entanto, para o dia 25/12. Eu voltaria para a cidade que, hoje, me acolhe, às 19.15, porém, antes, fui à casa de minha tia, irmã do meu pai, para rever o pessoal.

Foi a melhor coisa que fiz. Há anos que não via tanta gente preta e feliz. Karaokê com pagodinho, cervejinha, fofoquinhas, pavê (ou pacumê?). Tudo fez parte do cardápio. E mais do que isso, me trouxe um senso de pertencimento que, há muito, eu não sentia.
Daí pensei: São, realmente, nossas raízes que nos salvam, que nos endireitam, que balanceiam nossos chacras. Minha viagem de volta foi alegre e feliz. E como disse ao meu bem querer: valeu a pena.
Preciso vê-los mais vezes.
