Um fruto não cai muito longe da árvore.

Há pouco estive em minha cidade natal e visitei alguns parentes, dentre eles, meu pai.
Engraçado como, apesar dos movimentos da vida, sempre nos divertimos com assuntos leves e de nossas juventudes, sobretudo desenhos animados de Hanna Barbera e, mais recentemente, Disney.
Meu pai sempre foi grande fã de obras como Johnny Quest, Esquadrilha Abutre, Corrida Maluca, Tom & Jerry (apesar do conteúdo de sua época), Perdido nas Estrelas (“Wish Kid” com Macaylay Culkin), dentre tantos outros. E me lembro que nos divertíamos muito pelas manhãs, em que ele assistia esses desenhos comigo (na época, eu estudava e ele trabalhava à tarde).
E nem o divórcio dele e de minha mãe, em 1997, nos afastou nesse sentido. Pelo contrário, parece ter nos aproximado ainda mais. Sempre que nos encontrávamos, comentávamos sobre e assistíamos maravilhas como “O Laboratório de Dexter”, “A Vaca e o Frango”, “Johnny Bravo”, “Eu sou o Máximo”, “Meninas Superpoderosas”, e também a clássicos como “Jambo e Ruivão”, “Lippi o Leão”, “Dom Pixote” e correlatos.

Inclusive, tais desenhos trouxeram inúmeras expressões que usamos no dia a dia, como quando ligo para ele (raramente, confesso) e pergunto se ele tomou seu gole matinal de Zoppo (bebida vendida em um telecomercial do “Pica Pau”). Ou quando ele me pergunta sobre meu cabelo, chamando-o de “Caprush Nefroble” (Planeta alienígena presente em Perdido nas Estrelas).
Ou, ainda, quando rimos dos nomes de vilões como o Professor Scrap & Sniff (de Animaniacs), ou o Malvado Doofenschmirtz (vilão de Perry, o ornitorrinco, animal de estimação de Phineas & Ferb).
Vê-lo se emocionar após nos despedirmos, mais uma vez, me fez pensar nisso. São pequenas pílulas de alegria que me são muito caras e, vez ou outra, me pego sorrindo com elas.