É a História, afinal.

O que é a História? Essa entidade que se alimenta de fatos, e, vez ou outra, joga em nossa cara o quão estávamos errados sobre algumas assunções.
Aliás, cabe observar que a História não se cria em boatos, isso porque, ela, por si só, acaba por desmenti-los. O problema é que sua sistemática é demorada e, por vezes, ignorada pelos seres humanos, que preferem se prender em suas próprias crendices infantis, ao invés de enxergar o que se descortina defronte seus olhos.
Inclusive, temos vivido tempos dificílimos para a História. Isso porque resolveu-se que os fatos não vêm mais de quem os estuda, mas sim de massivas opiniões obtusas e não estudiosas sobre os assuntos, que vociferam lugares comuns sem qualquer sustentação científica (lá no zap).
Qual o pior sintoma disso? Uma miríade de falácias criminosas, como “negros africanos amaldiçoados”, “Kit-Gay, “Vacina com microchip”, “Mulher que sequestra crianças para fazer ritual de magia negra”, “Meu exército”. Sim, tantas falácias tomadas como verdade, tantas vidas perdidas nessa realidade.
Porém, e mais uma vez, a História fará sua parte para desmentir essas questões. Mas, quando será? Até lá, quantas famílias terão chorado, quantos entes queridos terão partido? Temos pressa.
Mas é a História, afinal. A ela não interessa consertar o futuro, mas sim jogar luz onde há sombras no passado. Do futuro nos encarregamos, para que a História possa, então, ter um pouco menos de trabalho em afastar os boatos, e consolidar os fatos.